A pandemia criada pelo novo coronavírus tornou o passaporte português mais forte, fazendo-o subir uma posição no ranking dos mais poderosos do mundo. Ocupa agora a sexta posição.
A lista é feita pelo Henley Passport Index que, no início do ano, colocou o passaporte português na posição sete. Contudo, as restrições que vários países colocaram nas fronteiras e o fim de muitas rotas aéreas, por causa da pandemia de Covid-19, trouxeram alterações.
Em entrevista à CNN, o criador do Índice deu um exemplo: “veja a Espanha ou qualquer outro país em ‘lockdown’. Antes, como cidadão espanhol, o viajante tinha um dos melhores passaportes do mundo em termos de viagens sem necessitar de qualquer visto. Agora, se for um cidadão do Bangladesh – normalmente um passaporte muito fraco para viagens sem visto – poderá ir livremente para o aeroporto e embarcar num voo, se encontrar um, e deixar Espanha”, afirmou Christian Kälin.
Portugal subiu para a posição seis, com o seu passaporte a dar agora entrada em 186 países sem necessidade de visto prévio.
Nesta atualização, o passaporte do Japão tornou-se o mais poderoso (com acesso direto a 191 países), seguido do de Singapura (190), Coreia do Sul e Alemanha (189), Itália, Finlândia, Espanha e Luxemburgo (188), Dinamarca e Áustria (187). Depois, entra o grupo em que se situa Portugal, Suécia, França, Países Baixos e Irlanda (186).
O Henley Passport Index é a listagem original de todos os passaportes do mundo, de acordo com o número de destinos que seus titulares podem aceder sem visto prévio.
A lista é elaborada com base em dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que mantém o maior e mais preciso banco de dados de informações de viagens do mundo, e atualizado por pesquisas pelo Departamento de Pesquisa Henley & Partners.