O Chega saúda a proposta de aumento do Complemento Solidário para idosos feita pelo PSD, mas André Ventura quer uma subida de pensões para todos os pensionistas e não só para 170 mil.
Em conferência de imprensa nesta segunda-feira, no parlamento, o líder do partido manifestou estar perplexo com a proposta feita por Luis Montenegro no congresso deste fim de semana, tendo em conta que os social-democratas chumbaram uma proposta do Chega há um ano.
“Foi precisamente o Chega que apresentou a ideia de uma pensão mínima, de 705 euros, e o PSD, na altura, apontou-a como irresponsável”, apontou Ventura.
Para o líder do Chega “temos que tentar perceber aqui se estamos de acordo em criar efetivamente um compromisso à direita que, provavelmente, será a maioria nesta assembleia, para que, em 4 anos, haja efetivamente uma pensão mínima e não só para os que recebem o complemento de solidariedade para idosos, mas para todos”.
Ventura lembrou o “aumento significativo da pobreza em Portugal”, tecendo a crítica de que “os mais afetados são precisamente os mais idosos”.
Portanto, “tem que haver um compromisso à direita”, conclui Ventura, mas “não para 170000 pessoas, mas para todos os pensionistas”.
André Ventura junta-se, assim, aos restantes políticos que já vieram criticar as promessas do líder do PSD.
"Recordo-me que o PPD/PSD, quando estava no Governo, queria cortar as pensões em 600 milhões (...). Os portugueses, felizmente, têm boa memória", disse José Luís Carneiro, candidato à liderança do PS..
Também o secretário-geral do PCP acusou PS e PSD de estarem "apostados na memória curta" do povo, recordando que os sociais-democratas rejeitaram há dias uma proposta de aumentos de reformas e pensões de 7,5%.