​Basta
11-02-2021 - 06:10

Recomenda-se uma reflexão profunda no seio de arbitragem portuguesa, que reconhecemos ter pouca qualidade, mas que, não obstante, tem condições para produzir trabalho com maior qualidade.

O grito de revolta que o presidente do Futebol Clube do Porto soltou no final do jogo disputado na Pedreira, a contar para a primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal, ecoou pelo país inteiro, e vai certamente ter reflexos no futuro imediato no futebol português.

De resto, trata-se de um grito que já se ouviu por diversas vezes por essa Europa fora, em países e em campeonatos onde as arbitragens e atuações do VAR tem sido alvo das mais duras contestações.

Ainda ontem, o treinador Barcelona, Ronald Koeman, se insurgia fortemente contra a atuação do VAR no decorrer do jogo a contar para a Taça do Rei, em que os catalães perderam frente ao Sevilha por 2-0.

E também de outros quadrantes têm chegado visíveis manifestações de protesto, o que significa que há muito trabalho a fazer no sentido de melhorar a tarefa de um instrumento trazido para o futebol com a intenção de o melhorar, mas que pouco mais tem feito do contribuir para a sua perturbação.

Estamos num tempo importante, dir-se-á mesmo decisivo, da nossa temporada futebolística.

O que tem acontecido, sobretudo no campeonato maior, é motivo de preocupação para muitos, sobretudo porque estão em causa classificações, e classificações significam dinheiro.

Recomenda-se, por isso, uma reflexão profunda no seio de arbitragem portuguesa, que reconhecemos ter pouca qualidade, mas que, não obstante, tem condições para produzir trabalho com maior qualidade.

Quanto ao jogo de ontem à noite, acabou por passar para segundo plano. Infelizmente.

Haverá mais Taça hoje, no Estoril. No dia 3 de Março, Futebol Clube do Porto e Sporting Clube de Braga voltam a encontrar-se para acertar as contas finais de uma competição que está a decorrer sob maus auspícios.