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A Itália vai começar a vacinar crianças entre os cinco e 12 anos contra a Covid-19 a partir de 16 de dezembro, anunciou esta quinta-feira o gabinete do comissário especial designado pelo governo para gerir a pandemia.
As doses da vacina Pfizer-BioNTech “representam uma primeira parcela que vai continuar em janeiro e estará disponível a partir de 15 de dezembro, para que todos os postos de vacinação nas regiões e províncias autónomas possam vacinar as crianças a partir de 16 de dezembro”, indicou o gabinete do general Francesco Figliuolo, em comunicado.
A Agência Farmacêutica Italiana (AIFA) aprovou na noite de quarta-feira a injeção da vacina em menores, seguindo a recomendação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), em novembro.
A administração do fármaco será feita com um terço da dose aplicada em adultos e adolescentes, com uma fórmula específica, e será dada em dois momentos, com um intervalo de três semanas entre a primeira e a segunda dose.
Pouco antes do anúncio de Figliuolo, a região de Lácio (centro), cuja capital é Roma, avisou que as reservas para aceder à vacina poderiam ser solicitadas pelos pais dos menores a partir de 13 de dezembro nos 78 minicentros de vacinação preparados.
“Haverá pediatras, médicos, enfermeiras e até palhaços para que os mais pequenos se sintam confortáveis”, disse o conselheiro regional de saúde, Alessio D’Amato, em nota.
Segundo a AIFA, os dados disponíveis sobre a vacina pediátrica “demonstram um elevado nível de eficácia e não há sinais de alerta em termos de segurança”.
Neste sentido, o documento recorda que embora a infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 seja “mais benigna em crianças, em alguns casos pode levar a consequências graves”, como o desenvolvimento da síndrome inflamatória multissistémica que pode levar à necessidade de cuidados intensivos.
No dia 25 de novembro, a EMA aprovou a extensão da atual licença europeia da Pfizer e BioNtech para o uso da sua vacina contra a Covid-19 em crianças entre os cinco e os 11 anos.