Os sargentos admitem sair à rua em protesto se o Governo aumentar o subsídio de risco das forças de segurança, mas esquecer o exército.
Segundo o jornal "Expresso", a Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) avisa que os quartéis estão em "efervescência" pelo tratamento diferenciado entre tropa e as forças da PSP e GNR.
A Associação Nacional de Sargentos (ANS) indica que "nenhuma ação está posta de parte", incluindo demonstrações na rua, depois das eleições.
O Presidente da República recebeu a AOFA em Belém, na última semana. Marcelo Rebelo de Sousa já expressou a necessidade dos militares recuperarem rendimentos, mas os militares lamentam que, recentemente, o chefe de Estado tenha apenas dado razão à polícia e querem uma intervenção clara.
O Orçamento do Estado para este ano fez equivaler o suplemento da condição militar ao subsídio de risco da GNR. Contudo, os militares queixam-se da GNR ter recebido mais um ano de retroativos do que a tropa.
Em dezembro, à Lusa, o almirante Gouveia e Melo já tinha avisado que "quem não tem direito a manifestar-se deve ser protegido", porque "pode causar uma distorção tão grande que poderá ser perigoso para o sistema".