A embaixadora norte-americana nas Nações Unidas, Nikki Haley, avisou o Conselho de Segurança da ONU que o país “continua preparado para agir na Síria, se tiver que o fazer”.
Na reunião especial desta segunda-feira dedicada à situação na Síria e no Médio Oriente, Haley lembrou que os Estados Unidos podem voltar a fazer o que fizeram o ano passado quando bombardeou uma base aérea do governo sírio em retaliação a um ataque do regime com armas químicas.
"Não é o caminho que preferimos, mas é um caminho que já mostrámos que podemos tomar e que estamos preparados para retomar", anunciou Nikki Haley.
O aviso dos Estados Unidos surge na sequência do pedido fomal ao Conselho de Segurança da ONU para qu exigisse um cessar-fogo imediato de 30 dias em Damasco e Ghouta Oriental.
Apesar do um cessar-fogo sido aprovado por unanimidade em 24 de fevereiro as forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, apoiadas pela Rússia e pelo Irão continuam a combater os rebeldes com o argumento de que estão a enfrentar grupos terroristas que querem tomar a capital síria.
"Quando a comunidade internacional falha consistentemente em agir, há momentos em que os estados são obrigados a tomar suas próprias ações”, declarou Nikki Haley.
Guterres exige acesso humanitário
Antes da reunião do conselho, a França apelou à Rússia, aliada de Bashar al-Assad, para que fizesse pressão junto do regime para “parar o banho de sangue”.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, exige a implementação da resolução do cessar-fogo.
"Não houve cessação das hostilidades", reconhece Guterres. "A violência continua em Ghouta Oriental e mais além - inclusive em Afrin, partes de Idlib e nos subúrbios de Damasco”, afirmou.
Nações Unidas querem acedar ao enclave para levar ajuda humanitária urgente e retirar os feridos.
"Apesar de terem sido feitas algumas entregas do comboio humanitário, a provisão de ajuda e serviços não foi segura, sem impedimentos ou sustentada", afirmou Guterres. "Não levantado nenhum bloqueio e tanto quando sabemos, não evacuado nenhum ferido grave”, disse o secretário-geral das Nações Unidas.
O encalve de Ghouta Oriental, nos subúrbios de Damasco está a ser bombardeado de forma contínua pelo regime de Bashar al-Assad, desde 18 de fevereiro.