“Cuidar de si e dos outros”, é o título da mensagem hoje divulgada pela Arquidiocese de Braga, em que D. Jorge Ortiga apela à responsabilidade para evitar agravamento da situação pandémica.
A mensagem do arcebispo primaz surge na ocasião em que se regista um agravamento da situação pandémica em Braga. O concelho é um dos quatro que não avança para nova fase de desconfinamento.
O arcebispo de Braga começa por situar o problema, apontando para os “dados das autoridades alertam para uma situação em que o desconfinamento poderá ser colocado em risco por causa do elevado número de infetados no concelho de Braga”.
Depois, D. Jorge Ortiga refere que, “como Igreja, não estamos em tempo de alarmismos, mas teremos de reassumir a responsabilidade coletiva de inverter a curva ascendente” e garantindo que, da sua parte, já solicitou “um compromisso responsável às nossas comunidades”.
“Importa não baixar a fasquia e continuar a cumprir escrupulosamente todas as orientações da Direção-Geral da Saúde quanto à higienizarão dos espaços, ao distanciamento físico das pessoas e ao uso das máscaras. Isto nas celebrações litúrgicas e em todas as atividades que as paróquias realizem”, refere.
D. Jorge Ortiga adianta que, apesar de “não temos a responsabilidade do que acontece fora dos nossos espaços, temos, porém, o dever cívico, em consonância com a tarefa de formar as consciências, de elucidar e motivar para comportamentos responsáveis”, e por isso “não podemos enveredar por desculpas fáceis. Queremos e trabalhamos para que os nossos espaços sejam lugares seguros”.
Depois, o comunicado do arcebispo de Braga refere que “para além do que, como comunidades cristãs, devemos ir concretizando, sinto-me no dever de interpelar todos os bracarenses, da cidade e das freguesias, a que enveredem por comportamentos concretos que possam garantir não só que a situação não evoluirá para pior mas que juntos conseguiremos impedir o contágio”.
“Não podemos voltar a condicionar a alegria de viver uns com os outros. Sonhamos com as festas e com as festas populares que marcam a nossa tradição coletiva. Vamos ter de perder alguma coisa para poder ganhar tudo num futuro que queremos próximo. Precisamos de orientações concretas e exigentes e as autoridades não podem contemporizar com atitudes de negligência ou irresponsabilidade. Tudo passa por uma responsabilização pessoal onde ninguém pode ser substituído”, refere a mensagem ao concelho.
“Não permitamos que o dia de amanhã seja pior. Trabalhemos hoje para nosso bem e bem da sociedade”, conclui o arcebispo de Braga.