O relatório da ONU sobre a minoria rohingya merece “consideração séria”. A convicção é do secretário-geral das Nações Unidas.
O documento revela que militares de Myanmar levaram a cabo assassinatos e violações em massa com "intenção genocida" de um povo. Segundo o relatório, o comandante-geral do país e cinco generais devem responder perante a Justiça.
Em pleno Conselho de Segurança da ONU, um dia depois da publicação do relatório, António Guterres afirma que a responsabilização é essencial para uma reconciliação genuína entre todos os grupos étnicos.
Sem usar a palavra genocídio, Guterres refere que o relatório de peritos independentes encontrou “'padrões de violações dos Direitos Humanos e abusos cometidos pelas forças de segurança".
“A responsabilização é essencial para uma reconciliação genuína entre todos os grupos étnicos. É um pré-requisito para a segurança e estabilidade regionais. Lamentavelmente, Myanmar recusou cooperar com entidades e mecanismos de direitos humanos das Nações Unidas, apesar dos repetidos pedidos. O relatório, divulgado segunda-feira, encontrou padrões de violações e abusos grosseiros dos Direitos Humanos - cometidos pelas forças de segurança em clara violação do Direito Internacional”, disse.
O ex-primeiro-ministro português diz por isso acreditar que as conclusões e recomendações merecem consideração séria por todos os órgãos relevantes das Nações Unidas.