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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, está a preparar-se para implementar novo confinamento em Inglaterra para conter a propagação do coronavírus, após o Reino Unido ter ultrapassado este sábado a barreira de um milhão de contágios e face a alertas dos especialistas de que o vírus está a propagar-se mais rapidamente do que as suas piores previsões indicavam.
Até agora com o mais elevado balanço de mortos por Covid-19 em toda a Europa, o Reino Unido tem estado a lidar com mais de 20 mil novas infeções por dia. Os epidemiologistas dizem que o "pior cenário" previsto, de um total de 80 mil mortos no Reino Unido até a pandemia estar sob controlo, pode vir a ser ultrapassado.
Na apresentação do boletim diário Covid-19 esta manhã, as autoridades sanitárias confirmaram que, desde ontem, houve registo de mais 21.915 casos de infeção, elevando o total de infetados no Reino Unido para 1.011.660.
De acordo com fontes do Governo, a imposição de um novo período de confinamento deverá ser anunciada por Boris Johnson em conferência de imprensa por volta das 18h30.
Este sábado, houve conselho de ministros extraordinário com consulta de especialistas sobre a evolução negativa da pandemia de Covid-19 no Reino Unido. Nessa reunião, adiantam fontes, os médicos alertaram que é preciso travar a propagação do vírus se as famílias britânicas quiserem ter uma réstia de esperança de passar o Natal juntas.
Segundo o jornal "The Times", Johnson deverá anunciar que só lojas essenciais, infantários, escolas e universidades é que estarão abertas durante o confinamento de um mês em Inglaterra. Contactado pela Reuters, o gabinete do primeiro-ministro recusou comentar estas informações.
A Escócia, o País de Gales e a Irlanda do Norte têm as suas próprias estratégias de combate à pandemia, pelo que as medidas que Johnson anunciar serão de aplicação exclusiva em Inglaterra.
Após a chegada da pandemia de Covid-19 ao Reino Unido, o chefe do Governo foi duramente criticado pela oposição por ter agido devagar na declaração de um primeiro período de confinamento, que esteve em vigor entre 23 de março e 4 de julho. No final de março, o próprio Boris Johnson soube que estava infetado, tendo ficado hospitalizado durante alguns dias no início de abril.