O CDS responde ao repto do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e vai apresentar um diploma no sentido de que as indemnizações abranjam todas as vítimas dos fogos de Junho e Outubro, nomeadamente os feridos graves, sem distinção de regiões.
Em declarações à Renascença, o líder da bancada parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, anuncia que o decreto será apresentado já esta terça-feira.
“Compreendemos bem que o senhor Presidente da República tenha promulgado, mas compreendemos ainda melhor a fundamentação do senhor Presidente da República. Na semana passada, pela voz do deputado Telmo Correia, já tínhamos alertado que as situações dos feridos graves estavam a ser esquecidas e, se não fossem abrangidas,<PSI_END_OBJECT> o CDS iria apresentar uma medida legislativa no sentido de as abranger. É o que faremos face à promulgação, mas também face à omissão do Governo e a incapacidade, face aos factos infelizmente novos que ocorreram, de actualizar o seu diploma.”
Nuno Magalhães explica que a proposta do CDS vai no sentido de que as indemnizações abranjam todas as vítimas, nomeadamente os feridos graves, sem distinguir regiões.
“É fundamental que o Governo assuma a sua responsabilidade na sua totalidade. Se o Governo assume responsabilidade e tem vontade de indemnizar numa parcela do território em relação às vítimas mortais, por um facto que assume ser sua responsabilidade, evidentemente que tem de indemnizar todas as vítimas mortais ou não de todo o território nacional, nomeadamente os feridos graves que foram surgindo nestas tragédias do Verão”, defende o líder parlamentar do CDS.
O Presidente da República promulgou, esta segunda-feira, um decreto da Assembleia da República que estabelece medidas de apoio às vítimas dos incêndios de Junho, em Pedrógão Grande, mas fez algumas ressalvas. Marcelo Rebelo de Sousa convidou à "reapreciação da matéria, em especial na parte respeitante aos feridos graves".