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Os veículos privados de transporte de passageiros a circular na Área Metropolitana de Lisboa passam, a partir da próxima segunda-feira, a ter uma limitação de ocupação de dois terços, tal como os transportes públicos. O uso de máscara passa também a ser obrigatório nestes transportes.
Segundo o comunidade com Conselho de Ministros, "prevê-se que os veículos com lotação superior a 5 pessoas apenas podem circular com dois terços da capacidade, salvo se todos os ocupantes integrarem o mesmo agregado familiar".
O primeiro-ministro António Costa explicou, em conferência de imprensa, que esta medida se destina, especialmente, às viaturas de empresas que transportam trabalhadores, por exemplo da construção civil.
No entanto, nesta categoria incluem-se também serviços de transportes de empresas como a Uber, Bolt ou Kapten. Os motoristas da Uber já eram obrigados a usar máscara, de acordo com normas da empresa, mas não havia uma obrigatoriedade imposta para esta categoria de transportes.
"A evolução do aumento do número de casos na Área Metropolitana de Lisboa distingue-se das outras regiões do país, mas não revela descontrolo, incide em focos bastante precisos", disse António Costa numa declaração sobre a terceira fase de desconfinamento.
Sobre os transportes públicos, o primeiro-ministro afirmou que “o risco de contaminação nos transportes públicos está controlado”. António Costa diz que, na CP, “as taxas de lotação têm sido genericamente cumpridas, com a exceção do comboio das 6h36 da Linha de Sintra, que atinge os limiares da lotação, por vezes ultrapassando-os”.
Já nos transportes particulares, "é necessário limitar a sua ocupação para conter o risco de contaminação", explicou António Costa.
A medida faz parte do conjunto de medidas excecionais para esta região, na sequência do aumento de casos de Covid-19 na área da Grande Lisboa, com vários surtos nas margens Norte e Sul do Tejo.
As restrições na Área Metropolitana de Lisboa vão ser reavaliadas na reunião do conselho de ministros da próxima quinta-feira, 4 de junho, disse António Costa.
A zona de Lisboa e Vale do Tejo tem aproximadamente 4.400 casos ativos de Covid-19, de um total de 11.652 casos ativos erm Portugal, o que representa cerca de 37% dos casos.
A atualização dos dados referentes à zona de Lisboa e Vale do Tejo, a que tem mais casos em todo o país, foi feita pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, em conferência de imprensa.
Até agora, 346 morreram nesta região. É uma situação complexa porque tem diversas causas. Seis grandes obras concentram cerca de 130 doentes, 340 casos em empresas, como no pólo da Azambuja, em lares e em bairros também", diz.
Graça Freitas apela para que a população, principalmente a mais jovem, evite concentrações, que se têm verificado na zona de Lisboa e Vale do Tejo e que contribuem para o aumento de casos.
Portugal regista 1.383 mortes (mais 14 que na quinta-feira) e 31.946 casos (mais 350, o número mais alto desde 8 de maio e que supõe um aumento de 1,1%) confirmados de infeção pelo novo coronavírus, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O relatório desta sexta-feira, com dados atualizados até às 00h00 de quinta-feira, mostra uma subida de 274 no número de recuperados, para um total de 18.911. Ou seja, 59,2% das pessoas diagnosticadas com Covid-19 já recuperaram. Contudo, há mais 62 casos ativos: sobe para 11.652.