Massacre em Myanmar pode ser “crime contra a Humanidade”
13-02-2018 - 16:16

Embaixador francês nas Nações Unidas apela à libertação dos dois jornalistas da agência Reuters que denunciaram a matança.

Um massacre contra elementos da minoria rohingya em Myanmar, noticiado por repórteres da agência Reuters, pode constituir um “crime contra a Humanidade”, segundo o embaixador francês nas Nações Unidas.

Francois Delattre apelou esta terça-feira à libertação dos dois jornalistas birmaneses daquela agência de notícias que estão detidos naquele país asiático.

O massacre, que terá ocorrido em setembro, foi conhecido nos últimos dias depois de dois jornalistas birmaneses, da agência Reuters, terem dado a conhecer os detalhes do que se passou na aldeia de Inn Din, no estado de Rakhine, onde a comunidade rohingya se queixa de perseguição e limpeza étnica.

Segundo a reportagem da Reuters, que cita civis rohingya e também aldeãos budistas que participaram no massacre, as dez vítimas foram escolhidas aleatoriamente de um grupo de centenas de rohingyas que se tinham refugiado numa praia próxima. Esta versão contraria a oficial do Governo, de que os homens fariam parte de um grupo que tinha atacado os militares birmaneses.

As autoridades birmanesas anunciaram esta semana a detenção de 16 pessoas, incluindo sete militares, pelo seu papel no massacre de 10 homens de etnia rohingya.