Covid-19: Novo máximo de 167 mortes num dia e 2 mil óbitos desde o início do ano
18-01-2021 - 14:01
 • Renascença

Boletim diário da Direção-Geral da Saúde aponta ainda para 6.702 novos casos, um número mais baixo do que o registado nos últimos dias, mas que pode ser justificado por ser segunda-feira, dia em que se verifica habitualmente uma redução de confirmações. Total de mortos por covid-19 desde o início da pandemia já é maior que o da Guerra Colonial.

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Portugal registou esta segunda-feira um novo máximo diário de 167 mortes por Covid-19 e há registo de 6.702 novas infeções, indica o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Desde o início do ano, ou seja, em 18 dias, já morreram mais de duas mil pessoas com a doença em Portugal.

Nos hospitais portugueses estão internadas mais 276 pessoas com Covid-19, num total de 5.165 doentes - o maior número desde o início da pandemia -, de acordo com os dados desta segunda-feira.

Em unidades de cuidados intensivos há 664 internados, mais 17 em relação a ontem.

Portugal tem agora mais de 135 mil casos ativos de Covid-19, uma subida de 1.875 no espaço de um dia.

Recuperaram da doença 4.660 pessoas e há 166 mil em contactos de vigilância.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, registaram-se em Portugal 9.028 mortos por Covid-19, mais do que as pessoas que morreram durante a Guerra Colonial. De acordo com o relatório da Comissão para o Estudo das Campanhas em África, nomeada pelo Governo da Aliança Democrática (AD), em 1980, as Forças Armadas indicaram que morreram 8.600 mortos entre os militares mobilizados para o combate.

Numa análise por regiões, Lisboa e Vale do Tejo tem esta segunda-feira mais 70 mortes e 2.643 casos, enquanto o Norte regista 42 óbitos e 2.109 infeções.

A região Centro tem 38 mortes e 1.217 casos, o Alentejo 14 mortes e 258 infeções e o Algarve três mortes e 239 novos casos.

Nas regiões autónomas, a Madeira tem esta segunda-feira mais 137 casos e os Açores 99 infeções.

O Presidente da República e recandidato às eleições desde mês, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta segunda-feira que houve uma falha na antevisão da terceira vaga da pandemia.

“Houve, por um lado, a não antevisão da terceira vaga no tempo propriamente dito, a concentração no caso da Grande Lisboa e houve a sensação de que não iam ser necessários tantos recursos privados e sociais quanto aquilo que acabou por ser necessário a partir, sobretudo, do crescimento dos casos em dezembro e em janeiro”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, durante o debate organizado pelas rádios Renascença, Antena 1 e TSF com seis candidatos às presidenciais.

O conselho de ministros reúne-se esta segunda-feira para analisar a possibilidade de reforçar as medidas do novo confinamento geral, que entrou em vigor na sexta-feira.