O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, cancelou a viagem ao Vaticano que tinha agendada para sábado, com o objetivo de participar no funeral de Diogo Freitas do Amaral, falecido esta quinta-feira, confirmou à Renascença junto de Belém.
Marcelo iria assistir ao consistório em que o arcebispo D. Tolentino de Mendonça será elevado a cardeal.
A representação de Estado português nas cerimónias estará a cargo da ministra da Justiça, da secretária do Conselho de Estado e ainda do presidente do Governo Regional da Madeira.
Na quarta-feira uma nota divulgada através do sítio da internet da Presidência dava conta de que o Presidente partiria "para Roma após as cerimónias comemorativas da Implantação da República, na Câmara Municipal de Lisboa, regressando a Portugal no mesmo dia".
As comemorações oficiais da Implantação da República decorrem no sábado de manhã em Lisboa e a cerimónia de criação de 13 novos cardeais, incluindo Tolentino Mendonça, está programada para as 16h00 (hora local, 15h00 em Lisboa) do mesmo dia, na Basílica do Vaticano.
O bispo madeirense torna-se, aos 53 anos, no sexto cardeal português do século XXI e o terceiro a ser designado no atual pontificado, passando a ser o segundo membro mais jovem do Colégio Cardinalício, logo após Dieudonné Nzapalainga, cardeal da República Centro-Africana, de 52.
Em reação à indicação pelo Papa Francisco do bispo madeirense para o Colégio Cardinalício, o Presidente da República manifestou na altura "o mais profundo jubilo pela elevação do senhor Dom José Tolentino de Mendonça ao cardinalato, traduzindo o reconhecimento de uma personalidade ímpar, assim como da presença da Igreja Católica na nossa sociedade, o que muito prestigia Portugal".
Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou ainda a "excecional relevância" de D. Tolentino de Mendonça como "filósofo, pensador, escritor, professor e humanista", recordando que o convidou para presidir às comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em 2020.