​Cirurgias em atraso “não são falhanço deste Governo”
03-07-2019 - 16:10

A culpa pelos atrasos nas cirurgias é do envelhecimento da população e da pressão da procura que provoca estes números, diz a ministra da Saúde.

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A ministra da Saúde, Marte Temido, recusa falhanços do Governo no aumento do número de cirurgias em atraso.

Confrontada pelos jornalistas com a manchete do jornal “Público”, que dá conta de uma duplicação das cirurgias em atraso, a ministra nem quer ouvir falar em falhanços.

“Não é um falhanço deste Governo. Vale a pena dizer que este Governo tem garantido um mecanismo de vales cirúrgicos que os utentes, quando estão à espera para além dos tempos de resposta garantidos, podem ativar. Não é um falhanço, é a consciência de que há um problema com o acesso a um serviço público, universal, geral, tendencialmente gratuito, como é o Serviço Nacional de Saúde, e que temos dificuldades, mas estamos a trabalhar para as ultrapassar”, declarou Marta temido, esta quarta-feira em Lisboa, à margem da quarta cimeira Portugal-Moçambique.

A culpa pelos atrasos nas cirurgias é da pressão da procura que provoca estes números, diz a ministra da Saúde.

“Não acho que o esforço tenha falhado, o que acho que é temos de ter percepção de que as necessidades em saúde… o que verificamos quando olhamos para qualquer sistema de saúde, é que a pressão da procura de uma população demograficamente envelhecida não para de aumentar e isso é uma realidade. O que não significa que nós vivemos tranquilos com os números das listas de espera. Eu já disse que essa era a minha principal preocupação”, sublinha Marta Temido.