Centenas de milhares de mulheres aderiram esta sexta-feira a uma greve nacional feminina para reivindicar mais direitos e igualdade de oportunidades.
Vinte e oito anos depois de um protesto idêntico, as mulheres voltaram a sair às ruas e alertar para o pobre registo em matéria de direitos das mulheres num dos países mais ricos do mundo.
Em Zurique, a capital financeira da Suíça, dezenas de milhares de manifestantes bateram em tachos e panelas, gritaram palavras de ordem e levantaram cartazes como mensagens como: “Homens, vão passar a ferro”.
“Não se trata apenas dos salários. A igualdade de oportunidades não existe. Pelo menos para a próxima geração tem de existir”, disse aos jornalistas a vereadora Karin Rykart, num protesto que juntou funcionárias municipais e polícias.
Apesar da elevada qualidade de vida, a Suíça ainda tem um caminho a percorrer em termos de igualdade salarial e de género no local de trabalho.
De acordo com dados do Governo, as mulheres suíças ganham, em média, menos 20% do que os seus colegas do sexo masculino.
A Suíça tem uma Lei da Igualdade de Género desde 1986, que proíbe a discriminação no local de trabalho e o assédio sexual, o despedimento em caso de gravidez ou em função do estado civil ou do género.
Mas mais de duas décadas depois, as organizadoras do protesto queixam-se que as mulheres continuam a ganhar menos do que os homens e a sua competência é questionado.
O protesto desta sexta-feira também pretende chamar à atenção para o problema da violência contra as mulheres e para a necessidade de uma maior representação em cargos de poder e de melhores políticas para a família.
Christine Lagarde, a primeira mulher a liderar o Fundo Monetário Internacional (FMI), juntou-se a uma manifestação em Genebra.