Governo dá uma semana à PSP para identificar locais de violência na noite de Lisboa
14-12-2017 - 07:29

Após o último episódio na discoteca "Urban Beach" e o recente homicídio junto ao "Barrio Latino", o MAI quer tomar medidas para travar problemas em Lisboa e no resto do país.

A Direcção Nacional da PSP tem até 20 de Dezembro para fazer uma avaliação dos incidentes registados nos últimos dois anos, em estabelecimentos de diversão nocturna de Lisboa. A ordem foi dada pelo ministro da Administração Interna (MAI), segundo avança o “Diário de Notícias”.

De acordo com o jornal, fonte oficial do ministério confirmou que o pedido de Eduardo Cabrita surge após os "acontecimentos recentes e à necessidade de garantir a segurança das pessoas e a manutenção da ordem pública".

O ministro pretende levar à Assembleia da República, logo no início de 2018, um projecto de alteração à Lei de Segurança Privada, tendo em conta esta realidade. Esta semana deverá ficar concluído o ante projecto-lei e enviado aos membros do Conselho de Segurança Privada, para que dêem os seus contributos. Este Conselho integra GNR, a PJ, a PSP, a Inspecção-Geral da Administração Interna e representantes das associações do sector.

Na quarta-feira, a Câmara de Lisboa (CML) anunciou ter mandado encerrar a discoteca "Barrio Latino", em articulação com o Ministério da Administração Interna (MAI) por suspeita de tráfico de droga, reportado pela PSP, cinco dias depois de um segurança ter sido morto a tiro junto aquele estabelecimento. Em Novembro, Eduardo Cabrita mandou fechar o "Urban Beach", como medida de polícia, na sequência de agressões junto aquele espaço, sobre o qual a PSP tinha já registadas outras 38 denúncias desde início do ano.

Ainda segundo o jornal, o ministro quer agora que esta força de segurança apresente uma avaliação de risco em todos os estabelecimentos cuja actividade seja susceptível de alteração de ordem pública.

Esta informação "tem em vista a ponderação e determinação de medidas, por parte do MAI, que reforcem as condições de segurança de pessoas e bens".

Escreve o jornal, que numa primeira fase, estas ordens de Eduardo Cabrita são dirigidas à área do Comando Metropolitano da PSP, mas deverão depois alargar-se a outras zonas do país.