A greve dos trabalhadores de Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) está a suspendero serviço na Loja do Cidadão, no Porto.
Os assistentes técnicos exigem aumentos salariais e progressão da carreira.
"Têm-nos aqui como mão-de-obra barata", desabafa à reportagem da Renascença Maria José Brito, assistente técnica. "Estamos há 23 anos, prisioneiros do IRN e do Ministério da Justiça", reforça.
Os assistentes técnicos recebem "o mesmo valor há mais de 20 anos" e querem ver aberto um quadro de pessoal para técnicos superiores, já que "99% dos assistentes são licenciados".
O objetivo, diz Maria José "é passar para a carreira de técnico supeiror ou oficiais de registo".
"O Ministério tem vindo a dar nota que quer resolver, mas diz que tem de levantar o problema ao Ministério das Finanças, que até agora nada resolveu", detalha Maria José Brito.
"Na altura em que foi inaugurada a Loja de Cidadão do Porto, ninguém queria trabalhar aqui", lembra a assistente. "Fomos consideramos funcionários especiais, porque entramos com licenciatura, muitos de nós com licenciatura em Direito", acrescenta
Em representação dos cerca de 30 assistentes técnicos do IRN, da Loja do Cidadão do Porto, Maria José Brito apela a que "o Ministério da Justiça olhe para este caso".
"Temos connosco oficiais que ganham cerca de dois mil euros e fazem o mesmo ou menos do que nós", sublinha.
"As promessas são muitas, agradecimentos também, mas não chega, pedimos justiça", remata.
Os trabalhadores admitem continuar com as greves se não for dada uma resposta satisfatória por parte do Governo.