Ricardo Carvalho questiona período para naturalizações na seleção
06-10-2021 - 12:25
 • Renascença

Antigo central da seleção portuguesa acredita que cinco anos é um período curto para naturalizações e espera que Otávio e Matheus Nunes sejam bem recebidos na seleção.

O antigo internacional português Ricardo Carvalho acredita que cinco anos é um período demasiado curto para que jogadores se possam naturalizar e representar a seleção portuguesa. Em entrevista ao UOL, do Brasil, o central campeão europeu em 2016 defende as naturalizações.

"Sinceramente, acho que não é preciso nascer obrigatoriamente em Portugal para representar a seleção, mas acho muito pouco o prazo de cinco anos [para ter o direito a jogar na seleção]. Ainda por mais, somos um país que tem muitos jogadores talentosos na formação", começou por dizer.

Nesse sentido, Ricardo Carvalho defende as integrações de Otávio e Matheus Nunes na equipa das quinas.

"Otávio e o Matheus Nunes encaixam neste segmento. Eles acreditam que estão em casa em Portugal, querem representar Portugal. Espero que, assim como aconteceu com os outros no passado, sejam bem recebidos. O mesmo serve para todos os outros que queiram jogar pelo nosso país, representar o nosso país", atira.

No período de Ricardo Carvalho, conviveu com as internacionalizações de jogadores como Pepe e Deco, que recorda: "Deco foi um bom exemplo, foi uma opção bem conseguida para Portugal. Ele adaptou-se muito bem à seleção também. Foi tudo muito rápido, a seleção portuguesa agiu rápido para garantir. O Deco já sentia-se também muito em casa, porque já estava há muitos anos em Portugal".

Críticas "normais" a Fernando Santos

Depois das conquistas do Euro 2016 e da Liga das Nações, Fernando Santos tem sido alvo de algumas críticas. Ricardo Carvalho, hoje adjunto de André Villas-Boas, encara com normalidade face ao talento da equipa portuguesa.

"É normal. Cada vez mais temos visto surgir novos e novos talentos. O povo português quer ver a seleção a jogar melhor. Claro que os resultados que tivemos a partir de 2016 também ajudaram para que cobrassem mais. Nós achamos que poderíamos fazer mais, e agora temos que dar um tempo também", termina.