Se a nova sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA, actualmente em Londres) vier para o Porto haveria um impacto directo estimado de 1.130 milhões de euros na economia nacional e seriam criados e 5.315 novos postos de trabalhos.
As contas são do relatório encomendado pela Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) à consultora Deloitte, que o “Diário de Notícias” divulga.
“Ao contrário de outros investimentos, por exemplo em ventos, os quais têm um impacto económico circunscrito a determinado momento, a presença da EMA em Portugal permitiria assegurar um conjunto de benefícios duradouro, contribuindo para o crescimento da economia portuguesa”, refere o documento a que o jornal teve acesso.
Segundo o relatório, seria possível obter um impacto direito de 1.130 milhões na economia portuguesa, 2.000 milhões de produção gerada e 5.315 postos de emprego criados, dos quais 2.300 são permanentes. Para além disso, a Deloitte refere que a presença da EMA no Porto também teria impacto nas receitas fiscais, apontando para receitas potenciais de 163,8 milhões entre 2019 e 2030.
Apesar de o relatório ter sido requerido ainda antes de o Porto ser a cidade escolhida para se candidatar a sede da EMA, analisaram-se os efeitos a nível nacional, sem distinções entre Porto e Lisboa. Além disso, a Deloitte estudou o impacto da construção de um edifício novo, algo que ainda não se sabe se vai efectivamente acontecer.
Em Julho, o Governo decidiu que o Porto seria a cidade portuguesa candidata para acolher a EMA. E, caso seja a escolhida, entre um conjunto de 21 países, vai receber, a partir de 2019, esta entidade.