Veja também:
- Guerra na Ucrânia ao minuto
- Reportagens na fronteira com a Ucrânia
- Armas nucleares. Quantas existem e quantos países as têm?
- A um passo dos crimes de guerra. Bombas de fragmentação e termobáricas na Ucrânia
- Todas as notícias sobre a Guerra na Ucrânia
- Quem é Volodymyr Zelensky?
- Como ajudar a Ucrânia e os ucranianos?
A invasão da Ucrânia pelas forças da Rússia representa o “maior abalo sistémico na arquitetura de segurança europeia desde o final da Guerra Fria”, afirma o Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa diz que as exigências de Moscovo "inviabilizam soluções”.
O conflito “enterrou a premissa da impossibilidade de uma guerra convencional entre Estados numa Europa economicamente interdependente e regulada por acordos escritos”, declarou o chefe de Estado, esta segunda-feira, na abertura de um debate sobre a invasão da Ucrânia, organizado pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, a guerra na Ucrânia está a evidenciar o trabalho que está por fazer.
Marcelo Rebelo de Sousa critica a lentidão com que a Europa tem andado na energia, onde se encontra claramente vulnerável. Este conflito expôs ainda várias fragilidades europeias, da economia à segurança, sublinha.
Por tudo isto, o chefe de Estado diz que é urgente encontrar um desfecho do conflito, que já provocou 3,5 milhões de refugiados e matou pelo menos 925 civis, através de negociações sérias.
O Presidente da República considera que “estamos numa corrida contra o tempo” para travar a guerra na Europa e o drama humanitário, mas a Rússia tem que querer um entendimento.
“Negociações eficazes, significa sérias e não manobras de diversão para ganhar tempo, enfraquecer ou dividir a outra parte no conflito, com mediação à altura e uma disponibilidade diferente da parte russa, que no dia a dia tem colocado exigências que inviabilizam soluções.”
Marcelo Rebelo de Sousa defendeu ainda que é fundamental a resiliência na aplicação das sanções contra a Rússia e unidade no Ocidente.
Qualquer escalada deste conflito é indesejada e perigosíssima, alerta o Presidente da República.