Há um novo projeto de conclusões em Glasgow. O documento divulgado nesta sexta-feira de manhã na Cimeira do Clima mantém a ideia de revisão dos cortes de emissões no final de 2022, mas tem agora em atenção as diferentes circunstâncias nacionais – o que pode ser um alçapão no texto legal para alguns países se libertarem deste compromisso.
Neste momento, o conjunto das contribuições de cada país é insuficiente para alcançar o Acordo de Paris.
Em cima da mesa da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) está o cenário de revisões mais frequentes do cumprimento de metas nacionais de reduções de emissões, de forma a alinhá-las com a necessidade de não fazer aumentar a temperatura média global em 1,5 graus até 2030.
O Acordo de Paris previa revisões de cinco em cinco anos, mas o descarrilamento das emissões obriga a apertar a malha.
Também no rascunho desta manhã não há ainda uma conclusão em relação aos 100 mil milhões de dólares anuais para apoiar, com financiamento climático, os países mais vulneráveis.
Lamenta-se que essa meta não tenha sido alcançada nos últimos anos, mas pede-se que a mesma possa ser cumprida até 2025. Contudo, não está ainda tudo fechado nesta matéria.
Por fechar está também o conjunto de regras de aplicação do Acordo de Paris e os mecanismos que o vão tornar transparente.
Para as Nações Unidas – e para António Guterres, mais concretamente – fica a incumbência de organizar, em 2023, um encontro de lideranças políticas para alinhar a ambição climática para 2030.