“Há falta de vontade política” em proteger a família. Quem o diz é o jurisconsulto Diogo Costa Gonçalves, um dos oradores do Congresso Popular sobre Direitos e Liberdades Fundamentais, que decorre em Viana do Castelo que defende novos modelos de proteção à realidade familiar.
“Há, sobretudo, falta de vontade política para aplicar bons modelos de gestão”, aponta o especialista em direito civil”. “Nada nos serve termos políticas de proteção da parentalidade se não tivermos uma cultura que valorize socialmente a família”, explica Diogo Costa Gonçalves.
Para o jurisconsulto é preciso o Estado preocupar-se mais com a realidade familiar, sob pena de o Estado cair na sua própria destruição.
“A falta de proteção que é dada á realidade familiar, ao casamento, às famílias, à vida e às famílias numerosas é, no fundo, a destruição do próprio Estado”, alerta Diogo Costa Gonçalves, que lamenta que a família esteja hoje “menos protegida do que devia estar”.
A falta de políticas efetivas de natalidade é um dos exemplos apontados pelo jurisconsulto para o que diz ser a atual “desconsideração” sobre a realidade familiar.
“A nossa sociedade está a morrer, sem crianças, sem capacidade de se rejuvenescer e, ainda assim, não temos políticas de incentivo à natalidade, de conciliação de vida da família e do trabalho que ajudem aqueles que querem ter filhos, lamenta o docente.
Diogo Costa Gonçalves foi um dos oradores convidados do congresso popular sobre direitos e liberdades fundamentais. Uma organização da associação de Conservadores com Norte, em parceria, com a associação Família Conservadora, a Plataforma Renovar e os Vianenses que decorre, até domingo, em Viana do Castelo.