O presidente da Câmara da Cascais, Carlos Carreiras, reivindica mais efetivos policiais no concelho, criticando a atuação das forças de segurança perante uma rixa ocorrida no sábado na praia do Tamariz, no Estoril.
Numa nota enviada à Lusa, o autarca social-democrata manifesta o seu “profundo repúdio” pelo comportamento de “criminosos que colocam em causa a segurança e a liberdade de famílias e de outros cidadãos, assim como levam a que a população se revolte contras as suas comunidades e promovem sentimentos de racismo que não são de todo toleráveis”.
“Não podemos permitir estes comportamentos que colocam mesmo em causa todo o apoio solidário que a população em geral está a prestar-lhes”, afirmou, acrescentando que uma minoria não pode pôr em causa o bom nome de uma larga maioria com quem o concelho tem trabalhado na “promoção da coesão social”.
Em causa está, segundo informação prestada à Lusa no domingo por fonte da PSP, uma rixa com cerca de 10 pessoas, em que dois jovens foram assistidos por ferimentos não especificados.
“Não foi ninguém identificado como autor das agressões”, referiu.
Segundo vários órgãos de comunicação social, que divulgaram um vídeo amador da rixa, os dois jovens foram esfaqueados. De acordo com o Correio da Manhã, têm 15 e 16 anos.
O vídeo mostra várias pessoas envolvidas em agressões e dezenas de outras a assistir, sobressaltadas.
Carlos Carreiras lembrou que o município tem vindo a “reclamar mais efetivos para certas zonas de Cascais de modo a controlar estes criminosos” e disse ter recebido “relatos de falta de comando e liderança na Divisão de Cascais da PSP”.
“Também não se verificou a devida coordenação entre a Polícia Marítima e a PSP, ainda para mais quando foram desviados os militares da Polícia Marítima para uma outra praia num concelho vizinho onde surgiram desacatos”, escreveu.
Sublinhando que o município, no distrito de Lisboa, não tem competências legais neste tema, o autarca deixa o alerta aos comandos local, metropolitano e nacional da PSP: “Não se pode manter a reincidência destes distúrbios. Não têm ocorrido por falta de aviso e de alerta da nossa parte”.