São apenas três ou quatro hospitais com constrangimentos por causa da redução para 35 horas semanais. A garantia é deixada pelo ministro da Saúde, que fala em situações pontuais.
"O processo está a decorrer normalmente. Em mais de 50 hospitais e centros que existem no país vamos tendo notícia de três ou quatro… e nestes dialogasse com as estruturas dirigentes e vê-se em que medidas adicionais são necessárias", disse na audição em comissão parlamentar de Saúde.
Adalberto Campos Ferreira repetiu dados que tem revelado nas últimas semanas: serão contratados mais 2.000 profissionais a partir deste mês e foram contratados até final de maio 1.600 já a contar com as 35 horas de trabalho semanais.
O governante garante que em setembro vai ser feita uma avaliação para perceber se é preciso contratar mais profissionais de saúde.
"Não são necessários 2.000 profissionais apenas. São necessários entre 5.000 a 6.000 profissionais para garantir o funcionamento dos serviços. Não é uma reivindicação dos sindicatos, é a necessidade dos serviços", afirmou Moisés Ferreira, em interpelação ao ministro da Saúde.
O Bloco de Esquerda considerou ainda que o Ministério da Saúde está a aplicar as 35 horas de trabalho semanais, mas a fazer depois com que os profissionais trabalhem muitas horas suplementares, que muitas vezes não são pagas, indo para uma bolsa de horas.
Também o PSD, pela voz do deputado Ricardo Batista Leite, estima que sejam necessários pelo menos 2.000 enfermeiros e 3.000 outros trabalhadores "para colmatar as necessidades básicas das 35 horas".
A deputada do PCP Carla Cruz também considerou insuficiente a contratação de dois mil novos profissionais e pediu ao ministro para esclarecer quantos profissionais pretende contratar na anunciada segunda fase de contratações, a partir de outubro.