Ordem dos Farmacêuticos diz que falta de medicamentos em Portugal é cada vez maior
11-10-2023 - 09:09
O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos reconhece que a situação está longe de ser a ideal, mas afasta, por agora, um cenário de crise de saúde pública.
Está a acentuar-se a falta de alguns medicamentos em Portugal. O alerta é feito à Renascença pelo bastonário da Ordem dos Farmacêuticos.
"O número de medicamentos que não existem no mercado neste momento ou que, existindo, não existem no número suficiente para não criar problemas, tem vindo a aumentar, como é o caso dos novos antidiabéticos, que estão a ser utilizados não só para a diabetes, mas também para o tratamento da obesidade", diz Hélder Mota Filipe.
Um dos grandes desafios para o setor é, precisamente, encontrar respostas para eventuais situações de rutura de stock de fármacos.
Para colmatar a falta destes medicamentos, a opção tem sido o recurso a genéricos ou a medicamentos de substituição.
O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos reconhece que a situação está longe de ser a ideal, mas afasta, para já, um cenário de crise de saúde pública: "Temos de estar o mais preparados possível para reduzir ao máximo esse risco e acho que nos temos vindo a preparar.
Ainda assim, Hélder Mota Filipe considera que "ainda há caminho a fazer em, termos de identifcação de alternatvias".
Noutro plano, as farmácias entraram este ano pela primeira vez na campanha de vacinação contra a Covid-19. Hélder Mota Filipe faz um balanço "muito positivo" e salienta a importânica do "envolvimento dos farmacêuticos neste processo" que vai possibilitar um aumento da cobertura vacinal.
Esta quarta-feira, arranca o II Congresso Nacional de Distribuição Farmacêutica, no Lagoas Park, em Oeiras. Um evento que pretende debater questões relativas à distribuição e acesso a medicamentos em Portugal.