O Chega "não se juntará" às moções de rejeição do programa do Governo, anunciou André Ventura na intervenção final do segundo dia de debate do programa do Governo.
Ventura considera que seria um ato de irresponsabilidade e critica BE e PCP por esta iniciativa, aludindo ao tamanho das suas bancadas parlamentares.
"Juntos não chegavam para compor um Conselho de Ministros e querem deitar abaixo um Governo", disse.
Antes de Ventura, a líder do PAN, Inês Sousa Real, deixou claro que também não vai acompanhar as iniciativas, mas o sentido de voto vai diferir. O PAN vota contra a moção de rejeição do PCP e vai abster-se na do BE.
"Nós iremos abster-nos em relação à moção do Bloco de Esquerda e votar contra a moção do PCP, porque entendemos que o país precisa, de forma vigilante, de ter uma oposição construtiva e que faça pontes de diálogo", explicou.
Já a líder parlamentar do Livre, Isabel Mendes Lopes, anunciou o voto a favor de ambas as moções de rejeição do programa do Governo, embora "não acompanhem" todas as posições.
"A ambição deste governo está noutro lado e de olhos postos no passado e, por isso, o Livre votará a favor das moções de rejeição apresentadas por PCP e BE embora não acompanhando todo os seus pressupostos e por isso apresentaremos uma declaração de voto", defendeu.