Um conjunto de pinturas da Igreja de Santa Margarida da Serra, no concelho de Grândola, nomeadamente três sobre tela e oito sobre madeira, integram um projeto de investigação que se propõe analisar os materiais constituintes e técnicas artísticas destas obras.
A iniciativa, que começou em fevereiro, surge no seguimento da aprovação da candidatura ao projeto ARILA - Artistic Resources and Influences of Local Artists, submetida pela Arterestauro, Conservação de Bens Culturais, Lda.
Os materiais recolhidos vão ser analisados e alvo de estudo, seguindo-se “a interpretação dos dados científicos coligidos e a investigação histórico-artística do contexto religioso e geográfico”, refere uma nota enviada à Renascença, pela Câmara Municipal de Grândola, parceira no projeto.
Pretende-se que este processo “culmine numa publicação que incluirá o resultado deste estudo, com contributos de historiadores de arte, cientistas e conservadores restauradores”, é explicado.
A candidatura ao projeto ARILA surge na sequência das intervenções de conservação e restauro que têm sido realizadas desde 2016, precisamente, na Igreja de Santa Margarida da Serra.
Classificada como Monumento de Interesse Público desde 2019, a igreja tem sido alvo de um trabalho contínuo, a que se alia um interesse que visa “a caracterização do património regional religioso”, permitindo “um maior conhecimento e valorização do relevante acervo existente” e contribuindo, por outro lado, para “a promoção cultural e turística da região”.
O projeto conta com o apoio e envolvimento, além do município de Grândola, também da Junta de Freguesia de Grândola e Santa Margarida da Serra, Paróquia de Grândola e Direção Regional da Cultura do Alentejo, assim como o contributo do laboratório José de Figueiredo e laboratório Hércules.