Rúben Amorim não faz um caso do empate com o Sporting de Braga, na 1.ª jornada, e dos três golos sofridos. O treinador defende que a regra, desde que chegou a Alvalade, é outra e o que aconteceu na Pedreira não é sistémico. Foi uma exceção motivada por alguns momentos de desconcentração e falta de agressividade.
"Somos muito consistentes defensivamente, essa é a regra. Só sofremos três golos três vezes, em quase 100 jogos. O que aconteceu foi falta de concentração, de agressividade, o que pode acontecer em certos jogos", justifica, em conferência de imprensa.
A solução não passa por mudar jogadores, repensar métodos, mas sim por recuperar a atitude que caracteriza a equipa: "Temos de estar sempre no máximo, sempre concentrados. Confio em todos os defesas. A consistência defensiva vem de toda a equipa (...) Sabemos onde errámos. A regra é que somos muito fortes defensivamente e é esse o patamar a que vamos voltar".
Rúben Amorim expõe dois exemplos de detalhes que, na sua opinião, ajudaram a definir o jogo em Braga. No primeiro golo sofrido, Morita cometeu falta e não segurou a bola para permitir à equipa que se organizasse defensivamente e permitindo ao Braga marcar o livre rapidamente; no terceiro golo bastava Coates estar um metro à frente, para travar o remate de Abel Ruiz.
"A conversa esta semana seria totalmente diferente se o Seba [Coates] estivesse um metro à frente para bloquear a bola. A semana teria sido espetacular. Ganhar jogos é a única maneira de dar a volta a isto", concretiza, pensando já no desafio com o Rio Ave, este sábado, para a 2.ª jornada.
Ricardo Esgaio foi muito criticado pela ação no terceiro golo do Braga, em que foi ultrapassado por Álvaro Djaló, jogador que fez a assistência para Abel Ruiz. O lateral viu-se obrigado a encerrar as suas contas nas redes. Rúben Amorim explica que os jogadores têm de estar preparados para este tipo de situações e, tal como não faz um caso do resultado obtido na Pedreira, também não faz caso do caso que envolveu Esgaio.
"Por mim fechavam todos as redes sociais. Todos temos de perceber que cada vez mais é difícil viver com essas situações. Não devemos fazer grande caso. Isto é futebol", comenta.
Ciente de que o problema foi circunstancial, Rúben Amorim recusou a ideia de que o Sporting está mais permeável defensivamente, devido à saída de Palhinha, transferido para o Fulham. O técnico recorda que na temporada passada o Sporting foi elogiado pela prestação defensiva e Palhinha falhou muitos jogos, por castigo e lesões.
Para o jogo com o Rio Ave, o treinador não conta com Paulinho e Daniel Bragança, a contas com problemas físicos. O encontro com os vilacondenses, a contar para a 2.ª jornada da I Liga é no sábado, às 20h30. Jogo com relato na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.