Nacional estranha regresso do Vitória de Guimarães aos treinos
05-01-2021 - 23:48
 • Renascença

Clube madeirense acusa Vitória de encurtar isolamento de 14 para três dias e admite agir judicialmente contra as autoridades de saúde, por entender que defenderam "interesses que não os da saude pública".

O Nacional da Madeira emitiu, esta terça-feira, um comunicado a mostrar estranheza com o regresso do Vitória de Guimarães aos treinos. O clube insular admite agir judicialmente contra as autoridades de saúde, por conflito de interesses.

A equipa do Vitória de Guimarães regressou esta terça-feira aos treinos, depois de todos os elementos do plantel e da estrutura afeta à equipa principal terem testado negativo à Covid-19. Os seis jogadores que testaram positivo ao novo coronavírus estão em isolamento e indisponíveis para o jogo com o Moreirense, relativo à 13.ª jornada da I Liga, agendado para sábado, às 17h00.

O Nacional, que viu o jogo com o Vitória de Guimarães, que estava previsto para domingo passado, ser adiado para 21 de janeiro, devido ao número elevado de casos positivos de Covid-19, expressa "surpresa" em comunicado. Isto porque o isolamento do plantel da equipa de João Henriques terá sido terminado não ao fim dos 14 dias obrigatórios (data que os madeirenses assinalam a 15 de janeiro), "mas apenas três dias depois de ter sido determinado".

"O tal isolamento, antes considerado como fundamental para evitar a propagação do surto, serviu apenas para fundamentar o adiamento de um jogo que, pelos vistos, não interessava ao VSC disputar nessa data", acusa o Nacional, que considera que foi "obrigado a adiar um jogo que poderia e deveria" ter ocorrido na data original.

A equipa insular assinala que o adiamento do jogo acarreta "elevados prejuízos financeiros e potenciais enormes prejuízos desportivos".

"Perante tudo isto, decidiu o CD Nacional, Futebol SAD denunciar esta situação junto das entidades competentes, nomeadamente a Liga Portugal, a Direção Geral de Saude e o Ministério da Saúde, reservando-se ainda ao direito de acionar judicial e criminalmente a mencionada responsável pela autoridade de saúde, pois a elevada responsabilidade do cargo que ocupa, para mais num cenário de pandemia como o atual, não é compatível com a defesa de interesses que não os da saude pública", conclui o comunicado.