O presidente do FC Porto,, Jorge NunoPinto da Costa, assume que a questão da renovação de Sérgio Conceição - que termina contrato no final da temporada - ficará para decidir após as eleições do clube, em abril.
"O senhor acha que alguém que trabalhe num clube como FC Porto, seja treinador, o advogado, alguém vai renovar sem saber quem vai ter a dirigi-lo? Eu não assinava. Eu já lhe disse que não apresento a minha candidatura. Só pergunto se alguém que tenha contrato que acaba para lá do meu mandato, vai assinar? Eu não assinava, ele não sei", disse, em entrevista à SIC, na noite desta terça-feira.
O dirigente portista remeteu ainda a questão para Nuno Lobo, o único candidato assumido à presidência do clube: "O doutor Nuno Lobo, único candidato, devia contactar o Sérgio Conceição e perguntar se já está disponível a renovar se for presidente. Porque não lhe perguntam?"
Sérgio Conceição, de 49 anos, está na sétima temporada ao serviço do FC Porto e conquistou 10 títulos: três campeonatos, três Taças de Portugal, três Supertaças e uma Taça da Liga. Está em final de contrato com o clube.
Questionado se lamenta não ter dado melhores plantéis a Sérgio Conceição, Pinto da Costa recordou o plantel de André Villas-Boas.
"Lamento a todos os que passaram, queriam sempre mais alguma coisa. O único plantel, colocando os pés na terra, que não era preciso mais ninguém foi em 2011. Uma linha ofensiva com Hulk, Falcão e James precisa de alguém? Foi um plantel caro. Não tão caro como os atuais", disse.
Vendas travadas para focar em títulos
As contas do FC Porto apresentam prejuízo, mas Pinto da Costa garante que tudo estará "no verde" até dezembro. O dirigente garante que o clube rejeitou propostas para focar no sucesso desportivo e dá o exemplo do Benfica na Liga dos Campeões.
"O nosso objetivo também é desportivo. Os outros venderam jogadores, ganharam dinheiro, quantos pontos têm na Champions? Não é preciso contar muito: são zero. Nós estamos a uma vitória de estar nos 'oitavos' da Champions. Por isso, não vendemos jogadores que nos quiseram comprar, que foram vários", disse.