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O secretário de Estado-adjunto e da Saúde admite que as medidas de confinamento geral vão prolongar-se “seguramente mais do que duas semanas”.
Em entrevista, esta quinta-feira, à TVI, António Lacerda Sales reconheceu que as próximas semanas serão “difíceis” e que será praticamente impossível abrandar o ritmo da pandemia apenas com duas semanas de confinamento apertado.
“Não me quero antecipar, nem tenho uma bola de cristal para poder dizer qual será o limite ou o horizonte temporal”, admitiu o governante, reconhecendo, ao mesmo tempo que “vamos ter semanas difíceis pela frente”.
Questionado sobre a relação entre o atual quadro epidemiológico e o alívio das restrições por altura do Natal e do Ano Novo, Lacerda Sales frisou que o Executivo tomou as decisões “em função de informação rigorosa e consolidada” e deu exemplos de outros países europeus, como a Irlanda ou a República Checa, que “até com medidas mais restritivas que as nossas no Natal, tiveram e estão a ter estes picos como nós. As medidas, por vezes, funcionam integradamente”, disse.
As previsões da expansão da pandemia em Portugal – atendendo ao crescimento do número de casos com origem na variante detetada no Reino Unido – apontam para que, em fevereiro, 60% do total de casos de Covid-19 em Portugal derivem dessa estirpe mais contagiosa.
Contudo, António Lacerda Sales disse esperar “que as projeções falhem”, garantindo que tudo está a ser feito para aumentar a capacidade de resposta dos hospitais para esse cenário.
"A nossa capacidade expandir-se-á até ao limite, mas em nenhum lugar do mundo o sistema é ilimitado", lembrou.