Francisco Assis defende que a Administração da Caixa Geral de Depósitos deveria demitir-se. Em declarações ao programa Carla Rocha – Manhã da Renascença, o socialista entende que os gestores do banco estatal já não têm condições para continuar no cargo.
“Neste momento a questão que se coloca é que parece que já começa a não haver condições para que estas pessoas em concreto possam permanecer à frente da Caixa Geral de Depósitos. Cada dia que passa, a sua posição torna-se menos sustentável sob vários pontos de vista”, afirmou.
Em causa está a polémica em torno da entrega das declarações de rendimentos e património no Tribunal Constitucional.
O eurodeputado socialista considera “incompreensível” com aquilo que classifica de “novela de mau gosto”.
“Prejudica a Caixa e até a imagem do Governo. É incompreensível que este assunto não tenha sido resolvido”, remata.
O Tribunal Constitucional já notificou os novos administradores da Caixa Geral de Depósitos para que entreguem as declarações de rendimentos e património, coisa que a equipa de António Domingues se tem recusado a fazer alegando que o Governo de António Costa tinha retirado o banco público do estatuto do gestor público.
O Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) reúne-se esta quinta-feira e poderá ser tomada uma decisão relativamente à entrega das declarações de rendimentos dos seus membros.
Nas últimas semanas, todos os partidos defenderam que os administradores da Caixa deveriam entregar as declarações de rendimento e património no TC, tal como o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos.