O presidente do Tondela “não fecha a porta” a um novo investidor, depois do divórcio com o Hope Groupe. O clube detém, agora, a maioria do capital da SAD e, “com o tempo”, delineará o plano para o futuro.
“Negócios são negócios, não se fecha a porta a nada. Se houver uma boa situação, bem analisada, estou sempre à disposição para nos sentarmos à mesa”, afirma Gilberto Coimbra, em Bola Branca.
O Tondela recuperou os 80% das ações vendidas em 2018 ao grupo de investidores. O presidente do clube da II Liga explica que não houve “cumprimento financeiro” durante a permanência do acionista e, com a descida em 21/22, o divórcio foi natural e “sem qualquer litígio”.
Com a totalidade das ações da SAD, os objetivos mantêm-se para esta temporada. Gilberto Coimbra quer, com “boas práticas e boas contas”, começar uma “vida nova”.
“Tudo faremos para tentar, sendo possível, voltar a pôr o clube na I Liga”, assume, nesta entrevista à Renascença.
Desportivamente, “o resultado está à vista”
O Tondela ocupa o quinto lugar da II Liga, a um ponto da posição de "play-off". Impedido pela FIFA de reforçar o plantel para esta temporada, Gilberto Coimbra destaca que o clube “se uniu” perante a adversidade.
“Está um só. Cada atleta vale mais e estão a fazer aquilo que não imaginavam, estão a ser insubstituíveis. Superaram tudo e o resultado está aí, estamos nos lugares cimeiros da tabela”, diz o presidente.
Apesar do bom momento, o líder do clube beirão sublinha que o problema “não está ultrapassado”. O Tondela continua impedido de inscrever atletas, pelo que tem um plantel com vários jogadores jovens e em que não pode “fazer 'upgrades'”.
“Quando uma equipa chega a esta altura do ano, pensa em fazer melhorias, mas o Tondela não pode. Tem de contar com o que tem em casa, mas o que temos é muito bom. Não há nada que se possa apontar aos rapazes. Entenderam a situação e estão aí na luta”, elogia.