Kheira Hamraoui, jogadora do Paris Saint-Germain que foi agredida a 4 de novembro do ano passado, quebrou o silêncio e garante que foi alvo de uma "emboscada" e que pensou que iria morrer.
"Fui vítima de um terrível ataque, uma verdadeira emboscada. Estavam à minha espera atrás de um camião. Estavam no sítio certo e no momento certo. Como podiam estar tão bem informados? Dois desconhecidos encapuçados tiraram-me do carro para me golpear as pernas com barras de ferro. Naquela noite realmente pensei que ia ficar ali", disse, ao L'Équipe.
A jogadora de 32 anos "não comenta casos judiciais", mas "confia no sistema de justiça para esclarecer o caso".
Aminata Diallo, colega de equipa, foi a primeira suspeita da agressão e chegou a estar detida. No regresso ao PSG, Hamraoui sentiu a equipa dividida: "Estavam divididas, com medo e raiva. A grande maioria apoiou-me".
O antigo jogador Éric Abidal e a esposa Hayet Abidal foram considerados suspeitos do caso da agressão, devido a uma alegada relação amorosa entre Abidal e a jogadora. Hamraoui garante que o tema Abidal "não tem nada a ver" com a agressão.
"Pedi um pouco de decência, que respeitassem a minha privacidade e a minha intimidade. O tema do Éric Abidal não tem nada a ver com a agressão de que fui vítima. Foi uma cortina de fumo, desenhada para nos manter afastados da verdade", termina.