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Antecipar ou não as férias da Páscoa por causa do coronavírus? O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), diz à Renascença que a antecipação só vai adiar o problema.
“Se calhar, se optarmos por isso, estaremos a adiar um problema, porque daqui por 15 dias seguramente – e infelizmente também – o problema vai persistir”, afirma Filinto Lima nesta terça-feira.
A medida, lembra ainda, “mais do que do Ministério da Educação, precisa do aval do Ministério da Saúde”.
A vantagem de antecipar as férias da Páscoa seria, no entender do presidente da ANDAEP, ter um terceiro período maior.
“As aulas que poderão ser perdidas no âmbito da quarentena, poderão ser lecionadas quando o ano letivo terminar. Essa poderá ser uma solução, sobretudo para os anos e disciplinas que têm exame – falo o 9.º ano, do 11.º e do 12.º ano”, aponta nas declarações à Renascença.
A hipótese de antecipar as férias da Páscoa é, contudo, defendida Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), que já terá endereçado a proposta ao Ministério da Educação.
Se as férias forem antecipadas, começariam já na próxima sexta-feira, dia 13 de março.
“Deste modo”, disse o presidente da ANDE ao jornal “Público”, “talvez se possa evitar que a infeção se propague nas escolas como cogumelos, que provavelmente é o que acontecerá caso permaneçam abertas”.
Manuel Pereira defende ainda que a antecipação das férias da Páscoa permitirá tratar “todas as escolas em pé de igualdade” em vez de se estar a fechar uma ou outra, como tem acontecido até agora.
Nesta altura, há escolas e universidades encerradas por todo o país. Portugal regista 39 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus. Na segunda-feira, foi divulgado o plano nacional de contingência, que inclui limites à participação em eventos públicos e a suspensão dos voos de e para as zonas mais afetadas de Itália, entre outras medidas.