Israel reconheceu terem sido falhas suas a provocarem a morte de sete trabalhadores humanitários do World Central Kitchen, uma ONG. Os alvejados eram transportados em três carros daquela ONG.
Embora as tropas israelitas tenham morto dezenas de trabalhadores humanitários desde que invadiram Gaza em Outubro, nunca antes os mortos foram tantos estrangeiros; morreram britânicos, polacos, australianos, bem como um cidadão norte-americano e um canadiano com dupla nacionalidade.
Por isso este trágico erro provocou grande comoção internacional, levando vários países a colocarem a possibilidade de cessarem o apoio humanitário a Gaza. O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou uma resolução que responsabiliza Israel por possíveis crimes de guerra. Neste território a fome agrava-se depois da morte daqueles sete trabalhadores humanitários.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que o futuro apoio dos Estados Unidos à guerra de Israel em Gaza depende da adoção de novas medidas para proteger civis e trabalhadores humanitários. A opinião pública americana é muito crítica da situação em Gaza, afetando a popularidade do Presidente Biden.
Entretanto, Israel tem atacado alvos no Irão e em Damasco (Síria). O Irão ameaça: “nenhuma embaixada israelita está segura”. Trata-se de uma situação de pré-guerra, que facilmente pode degenerar em guerra aberta.
Israel retira a maioria das tropas terrestres do Sul de Gaza. Mas Netanyahu alertou: “não haverá cessar-fogo em Gaza sem libertação dos reféns”.
Grandes manifestações em Israel reclamaram a demissão de Netanyahu do cargo de primeiro-ministro. Mas Netanyahu mostra-se agarrado ao cargo, que lhe permite adiar o prosseguimento de um processo judicial em que ele é arguido. Ou seja, torna-se difícil prever uma melhoria da situação em Gaza. No atual governo israelita Netanyahu rodeia-se de políticos extremistas, para os quais pouco contam as vidas em Gaza.