O presidente do Automóvel Club de Portugal (ACP) considera que os novos 37 radares que vão começar a multar já em setembro não vão influenciar a segurança rodoviária.
À Renascença, Carlos Barbosa indica que “não é só com radares que se consegue diminuir a sinistralidade, mas antes com campanhas, bons exames de condução e mudando todo o ensino de condução que está obsoleto”, diz.
Para Carlos Barbosa, o funcionamento dos novos radares anunciado esta quarta-feira pelo Governo “não vai trazer nada de novo a não ser mais financiamento para o Estado”, uma tese que corrobora com o facto de que a sinistralidade continua apesar dos radares já em funcionamento.
O presidente do ACP deixa, por isso, várias críticas ao Instituto da Mobilidades e dos Transportes (IMT) e à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviárias (ANSR), que, na sua opinião, se deveriam preocupar mais com o ensino da condução e a realização de exames mais rigorosos.
“A própria ANSR devia investir o dinheiro dos seguros em campanhas regulares e não só quando é Páscoa, Natal ou Ano Novo, porque resolver a sinistralidade não é só com radares, mas sim insistindo junto dos condutores que deve tem de haver nova mentalidade na condução em Portugal”, acrescenta.
Já sobre os novos radares que calculam a velocidade média, Carlos Barbosa sublinha que também esses não são melhores nem piores, porque “as pessoas abrandam nos sítios onde estão os radares para fazerem a velocidade média e depois, no final, voltam a acelerar e, por isso, o radar não serviu para nada”, diz.