O Banco Central Europeu (BCE) subiu esta quinta-feira os juros pela décima vez consecutiva, um aumento de 25 pontos base, para 4,5%, mas rejeita falar em "pico".
Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, admitiu que não foi uma decisão unânime, mas de uma “sólida maioria”.
Com este aumento, a principal taxa diretora passou para 4,5% e a taxa de remuneração de depósitos do sector bancário subiu para 4%.
No final do concelho de governadores, Lagarde deixou em aberto a manutenção dos juros nas próximas reuniões.
"Consideramos que as taxas de juro diretoras atingiram níveis que, se forem mantidos durante um período suficientemente longo, darão um contributo substancial para o retorno atempado da inflação ao objetivo. As nossas decisões futuras vão assegurar que as taxas de juro se mantêm em níveis suficientemente restritivos, enquanto for necessário”, alertou.
Questionada pelos jornalistas, a presidente do BCE acabou por dizer que os juros podem voltar a subir.
"O que pergunta é se discutimos quanto tempo será necessário... Não, porque, como também dissemos, vai depender dos dados. Também não dissemos que já chegámos ao pico, porque não podemos dizê-lo."
Desde julho de 2022, os juros já subiram 450 pontos base.
A taxa de depósito e a de financiamento são as mais altas da história da Zona Euro e a taxa de cedência de liquidez é a mais alta desde julho de 2008.