A redução do número de comboios na linha de Cascais, a partir de 5 de agosto, é "ligeira" e "sazonal", defende o Governo, adiantando que os horários serão repostos a 9 de setembro.
À agência Lusa, fonte do gabinete do ministro do Planeamento e das Infraestruturas adiantou que a partir de 5 de agosto "entra em vigor um horário de verão, com uma ligeira redução da oferta", ou seja, um "horário sazonal, como é prática corrente no setor dos transportes".
Numa consulta aos horários da linha de Cascais disponíveis no site da CP - Comboios de Portugal, é possível constatar que a partir daquela data os comboios deixam de circular de 12 em 12 minutos em hora de ponta, passando para uma frequência de 15 em 15 minutos.
"Em 9 de setembro serão repostos os horários atualmente em vigor", garantiu a mesma fonte.
O Ministério do Planeamento e das Infraestruturas adianta ainda que a 5 de agosto entram igualmente em vigor "outros horários sazonais em diversas linhas da CP", sem especificar quais.
Em relação a estas não é indicada uma data exata para a reposição dos horários atualmente em vigor, sendo garantida apenas a sua reposição nos meses de "setembro/outubro".
Na quarta-feira, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas reconheceu a existência de "perturbações" em algumas linhas da CP e avançou que, no caso da linha de Cascais, os horários a suprimir no verão serão repostos no início de setembro, não tendo, no entanto, indicado datas.
"Há perturbações, com certeza que sim, não vale a pena dizer que não, temo-las na linha do Oeste, temo-las aqui na linha do Algarve, ou temos na linha do Norte, por razões diferentes", reconheceu Pedro Marques, em Olhão, no âmbito de uma visita à região para assinalar a conclusão de um conjunto de obras de emergência realizadas na Estrada Nacional (EN) 125.
O governante explicou que as perturbações nas linhas que ainda estão a funcionar a diesel estão relacionadas com o desgaste do material circulante, estando previsto o aluguer de mais material circulante a diesel e, no futuro, a aquisição de material bimodo, que serve tanto para as linhas eletrificadas como para as linhas a diesel.
O vice-presidente do CDS-PP Nuno Melo acusou na terça-feira o Governo de “desbaratar dinheiro a pensar já nas próximas eleições” e de deixar degradar “serviços essenciais” como o do setor dos transportes.
Na semana passada, uma comitiva de deputados socialistas que pretendia viajar de comboio entre as Caldas da Rainha e Lisboa, para exigir soluções para a linha do Oeste, viu-se forçada a fazer o percurso de carro, uma vez que o comboio em que pretendiam viajar foi suprimido.