A Direção-Geral da Saúde (DGS) revela que foram identificados, neste mês de maio, “mais de 20 casos suspeitos de infeção pelo vírus Monkeypox, todos na região de Lisboa e Vale do Tejo, cinco dos quais já confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA)”.
“Os casos, na maioria jovens, e todos do sexo masculino, estão estáveis, apresentando lesões ulcerativas”, indica o comunicado enviado à redação.
Segundo a autoridade de Saúde, o vírus Monkeypox, conhecido com a varíola dos macacos, é do género Ortopoxvírus e a doença “é transmissível através de contacto com animais ou ainda contacto próximo com pessoas infetadas ou com materiais contaminados”.
“A doença é rara e, habitualmente, não se dissemina facilmente entre os seres humanos”, acrescenta o comunicado.
A DGS aconselha as pessoas que “apresentem lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço” a procurarem aconselhamento clínico.
“Perante sintomas suspeitos, o indivíduo deverá abster-se de contactos físicos diretos. A abordagem clínica não requer tratamento específico, sendo a doença habitualmente autolimitada em semanas”, esclarece a DGS.
A DGS, que está a acompanhar a situação a nível nacional e em articulação com as instituições europeias, apela também aos profissionais de saúde, nomeadamente médicos e enfermeiros, que estejam alerta para eventuais casos suspeitos da doença.
“O Reino Unido reportou casos semelhantes de lesões ulcerativas, com a confirmação de infeção por vírus Monkeypox. A DGS está a acompanhar a situação a nível nacional e em articulação com as instituições europeias”, conclui o comunicado enviado pela autoridade de saúde à comunicação social.
A varíola dos macacos é uma doença viral geralmente transmitida pelo toque ou mordida de animais selvagens infetados, como ratos ou esquilos na África Ocidental e Central.
O Reino Unido já tem confirmados vários casos deste vírus Monkeypox, muitos deles associados a homossexuais.