Autorização de construção do armazém de resíduos avança em Almaraz
21-02-2017 - 18:35
 • José Carlos Silva

Em resposta por escrito no dia em que Portugal retirou a queixa contra Espanha na Comissão Europeia, o Conselho de Segurança Nacional espanhol garante que não há qualquer retrocesso no processo.

Veja também:


A autorização de construção do armazém de resíduos nucleares em Almaraz avança, apesar do acordo entre Portugal e Espanha, avança à Renascença o Conselho de Segurança Nuclear (CSN) espanhol.

Em resposta, dada por escrito, no dia em que Portugal retirou a queixa contra Espanha na Comissão Europeia, o CSN garante que não há qualquer retrocesso no processo. Este ponto é sublinhado nas respostas às perguntadas colocadas pela Renascença.

O CSN espanhol esclarece, também, que a autorização de funcionamento deverá vigorar no final do ano.

Na mesma resposta, o Ministério da Energia e do Turismo de Madrid assegura que há satisfação pelo acordo alcançado. Para o Governo espanhol, o lógico entre bons vizinhos é resolver os conflitos num curto espaço de tempo.

A nota de Madrid refere ainda que o Ministério da Energia regista a normalidade do diálogo contínuo entre os dois países, Portugal e Espanha.

Portugal e Espanha chegaram a acordo sobre a construção do armazém de resíduos nucleares na central de Almaraz. Lisboa vai retirar a queixa em Bruxelas e Madrid compromete-se a manter Portugal informado.

A notícia foi conhecida esta terça-feira, através de uma declaração conjunta do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, e do primeiro-ministro português, António Costa.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, saudou o acordo para Portugal poder aceder ao estudo de impacto ambiental, mas ressalva que este desenvolvimento não impede, contudo, nova queixa na Europa no futuro.

As autoridades portuguesas poderão visitar a central nuclear de Almaraz e o Armazém Temporário Individual de resíduos radioactivos nos próximos dois meses para depois poderem fazer as propostas que quiserem, deliberou esta terça-feira o Ministério da Energia de Espanha.