As mulheres terão de esperar mais de 200 anos para atingir a igualdade salarial e de representação no local de trabalho, segundo números apresentados esta quinta-feira pelo Fórum Económico Mundial.
Mais do que revelar uma grande discrepância entre os salários ganhos por homens e mulheres no mundo actualmente, o estudo apresenta mesmo um recuo nesta matéria desde 2016.
Em 2015, o número de anos até atingir a paridade, ao ritmo de então, era 118 anos. Em 2016, subiu para 170 anos e agora, em 2017, voltou a registar uma subida, fixando-se nos 217 anos.
“Em 2017, não devíamos ver o progresso em relação a paridade de género a fazer marcha-atrás”, afirmou Saadia Zahidi, responsável do Fórum Económico Mundial por educação, género e trabalho.
Desde que o Fórum começou a apresentar relatórios sobre o assunto, nenhum dos 144 países estudados no mundo atingiu paridade a nível salarial.
Os cinco países que encabeçam a tabela de paridade são a Islândia, Noruega, Finlândia, Ruanda e Suécia, com o Iémen, Paquistão, Síria, Chade e Irão no final da lista.
O cenário muda de figura no que diz respeito à igualdade no campo da educação, com melhorias significativas a nível mundial e uma estimativa de que em apenas 13 anos as mulheres e os homens poderão atingir a paridade educacional, diz o estudo.