A onda de calor no Japão fez pelo menos 80 mortos e levou 35 mil pessoas a receber tratamento hospitalar em três semanas, indicam dados oficiais hoje divulgados pelas autoridades nipónicas.
Na passada semana, quando as temperaturas ultrapassaram os 35 graus, registaram-se 65 mortos, de acordo com a agência de gestão de incêndios e desastres. Quinze mortes tinham já sido declaradas nas duas semanas anteriores.
"Estamos a assistir a um calor sem precedentes em várias regiões", disse um dos responsáveis da Agência Meteorológica japonesa, Motoaki Takekawa, numa conferência de imprensa na segunda-feira.
A maioria dos mortos são idosos, mas há também crianças entre as vítimas, incluindo uma criança de seis anos que, após atividades ao ar livre, sucumbiu a uma insolação numa sala de aula sem aparelho de ar condicionado.
"Medidas de emergência são necessárias para proteger as crianças", disse esta manhã o porta-voz do Governo, Yoshihide Suga, ao anunciar a atribuição de subsídios para a instalação de aparelhos de ar condicionado em escolas, faculdades e colégios a partir do próximo verão.
Na segunda-feira, o país atingiu um novo recorde de temperatura registada: 41ºC.