EUA ultrapassaram a fasquia dos três milhões de pessoas contaminadas com Covid-19
08-07-2020 - 17:59
 • Lusa

Estados Unidos continuam com números que as autoridades sanitárias consideram preocupantes. Casa Branca tem atribuído os números das estatísticas ao elevado número de testes,

Os Estados Unidos ultrapassaram esta quarta-feira a fasquia dos três milhões de contágios com o novo coronavírus, menos de um mês depois de ultrapassar a dos dois milhões, segundo as contas da Universidade de Johns Hopkins.

“Neste momento, testámos mais de 39 milhões de americanos. Entre eles, mais de três milhões estavam positivos e mais de 1,3 milhões recuperaram”, disse o vice-Presidente dos EUA, Mike Pence, para justificar o número elevado de casos.

No total, os EUA registam 3.009.611 casos desde o início da pandemia, incluindo 131.521 mortes, de acordo com os dados da Universidade de Johns Hopkins.

Os Estados Unidos continuam com números de pandemia de covid-19 que as autoridades sanitárias consideram preocupantes, mas a Casa Branca tem atribuído os números das estatísticas ao elevado número de testes, assegurando que o seu Governo está a controlar a situação.

Hoje, Mike Pence, que usava uma máscara de proteção ao participar numa conferência de imprensa, disse que as zonas de maior preocupação se encontram no sul do país (Arizona, Florida e Texas), mas que a percentagem de pessoas que testam positivo está a estabilizar.

“Vamos continuar a fazer o que temos feito, porque estamos a ver os primeiros sinais”, disse o vice-Presidente, revelando confiança na evolução do combate à pandemia.

Na terça-feira, o Governo norte-americano e a ONU confirmaram a notificação oficial sobre a saída dos Estados Unidos da América da Organização Mundial de Saúde (OMS), acusada pelos norte-americanos de tardar a reagir à pandemia do novo coronavírus e de servir os interesses da China.

A decisão foi criticada por vários países e organizações, que consideram que o Governo de Donald Trump escolheu a pior das alturas para abandonar a OMS, no meio de uma pandemia, sendo o seu principal financiador

Hoje mesmo, o Governo alemão considerou que a retirada dos Estados Unidos da OMS é um “revés para a cooperação internacional” e defende que a agência da ONU deve ser apoiada.

“As epidemias globais mostram que precisamos de mais cooperação internacional para combater a pandemia”, disse Martina Fietz, porta-voz do Governo de Angela Merkel, durante uma conferência de imprensa em Berlim.

Mas o chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, já respondeu a estas críticas, justificando hoje a decisão por a OMS ser um organismo “essencialmente incompetente”.

“Não apoiaremos uma organização historicamente incompetente”, afirmou Pompeo, numa conferência de imprensa, acrescentando que a organização sob tutela da ONU tem “um longo historial de corrupção e de politização”.

Pompeo reiterou a posição dos EUA de que a OMS “não foi capaz de cumprir o seu objetivo fundamental”, ao não impedir a propagação da pandemia de covid-19, desde que foram confirmados os primeiros casos na China, em dezembro passado.

O chefe da diplomacia dos EUA admitiu que algumas funções da OMS foram cumpridas adequadamente e que Washington tentou “desesperadamente” reformar aquele organismo, mas sem sucesso.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 544 mil mortos e infetou mais de 11,85 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.