O processo do furto de armas de Tancos tem desde quinta-feira mais um arguido, além do ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, totalizando neste momento 23, confirmou esta sexta-feira a Procuradoria Geral da República.
Uma nota da PGR é referido que, no inquérito que tem por objeto "o furto aos paióis de Tancos e o achamento do material furtado", foram "constituídos e submetidos a interrogatório judicial dois arguidos", na quinta-feira.
O antigo ministro da Defesa Azeredo Lopes ficou sujeito à proibição de contactos, enquanto o outro arguido, cuja identidade ainda é desconhecida, está suspenso de funções e proibido de contactos.
Neste momento o processo conta com 23 arguidos, entre os quais o antigo diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM) Luis vieira e o ex-porta-voz da PJM Vasco Brasão.
Azeredo Lopes ficou proibido, pelo juiz, de contactar com os restantes arguidos do processo e também com o seu antigo chefe de gabinete, general Martins Pereira, com o ex-chefe de Estado Maior do Exército (CEME) general Rovisco Duarte e ainda com o ex-chefe de gabinete do CEME, disse à Lusa fonte ligada ao processo.
O processo-crime sobre Tancos tem na base suspeitas de associação criminosa, tráfico de armas e terrorismo no furto do armamento, tendo a PJ detido, a 25 de setembro de 2018, nove pessoas, das quais oito militares do exército e da GNR.
O furto de material de guerra foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017 e a 18 de outubro do mesmo ano a Polícia Judiciária Militar (PJM) revelou o aparecimento do material furtado, na região da Chamusca, a 20 quilómetros de Tancos, em colaboração com elementos do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé.
Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições, algum já recuperado.