Depois de o povo se ter pronunciado em eleições, é tempo de as autoridades competentes apresentarem uma solução que respeite essa vontade. Em declarações à Renascença, o presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI) espera de Cavaco Silva uma solução responsável.
“Temos que respeitar a vontade do povo e o povo português falou. Cabe agora às autoridades em Portugal encontrar uma solução responsável nesta situação, em que ninguém tem maioria absoluta. Estou confiante que o processo democrático vai funcionar”, afirma.
Werner Hoyer lembra também a diversidade política do BEI. “Uma das primeiras regras para quem está à frente deste banco é que temos 28 patrões, desde primeiros-ministros a ministros das Finanças. Vêm de todos os espectros políticos, desde a ala esquerda à ala direita, do centro, socialistas e democratas cristãos, liberais, verdes, o que houver.”
“Então, temos que aprender que nesta comunidade democrática, orientada pela lei”, prossegue.
Depois de ter pedido esclarecimentos ao secretário-geral do PS, o Presidente da República volta a receber, esta terça-feira, António Costa no Palácio de Belém, na sequência da carta enviada pelo Partido Socialista a clarificação pedida.
A Renascença ouviu esta terça-feira a opinião do economista Luís Campos e Cunha, para quem Cavaco Silva não tem outra alternativa senão indigitar António Costa como primeiro-ministro.