Quase duas centenas de crianças, de oito escolas do 1º ciclo do ensino básico do distrito de Évora, participaram, durante este ano letivo, no projeto “Museu Portátil”, desenvolvido pelo serviço educativo da Fundação Eugénio de Almeida (FEA).
O projeto educativo, cultural e artístico, “Museu Portátil - Uma ação de Inclusão pela Cultura”, desafiou dezenas de alunos a percorrer os caminhos da arte contemporânea e do património cultural.
Entre técnicas artísticas como a pintura, o desenho, a escultura, a gravura, mas também a escrita e as práticas de curadoria, as crianças foram estimuladas “a pensar sobre os conceitos de museu, coleção, identidade, valor e território”, e cada turma recebeu “um ‘Museu Portátil’ – um objeto mediador que marcou o ponto de partida e que se tornou o ‘contentor’ de todos os trabalhos produzidos pelas crianças”, dá conta, em comunicado enviado à Renascença, a FEA.
As escolas básicas de 1º Ciclo de Aldeia de Pias (Alandroal), de Borba, da Glória (Estremoz), da Luz (Mourão), de Portel, do Outeiro (Reguengos de Monsaraz), de Viana do Alentejo e de São Romão (Vila Viçosa), foram os oito estabelecimentos de ensino que participaram no projeto.
Uma vez por mês, cada escola parceira acolheu nas suas instalações uma sessão dinamizada pela equipa técnica do serviço educativo da FEA.
Com a mesma periodicidade, esta equipa técnica acolheu os estabelecimentos de ensino participantes e dinamizou uma visita com oficina num dos equipamentos culturais da fundação, em Évora, como o Paço de São Miguel, o Arquivo e Biblioteca Eugénio de Almeida, a Coleção de Carruagens, o Jardim das Casas Pintadas, assim como o Centro de Arte e Cultura (CAC).
É todo o trabalho que resultou dessas sessões, que agora é partilhado com a comunidade, através de uma exposição no CAC, patente desde o primeiro dia de junho, e que marca a etapa final de um projeto “entrelaçado de encontros e descobertas, de afetos e emoções, de experiências e aprendizagens para todos os envolvidos”.
O “Museu Portátil - Uma ação de Inclusão pela Cultura”, aconteceu no âmbito do Transforma – Programa para uma Cultura Inclusiva do Alentejo Central, promovido pela CIMAC - Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central.
Cofinanciado pelo Fundo Social Europeu no âmbito do Alentejo 2020, o Transforma, pretende promover a inclusão social junto de populações excluídas ou isoladas, através de uma abordagem integrada entre cultura e inclusão social num contexto predominantemente rural e de baixa densidade, envolvendo entidades locais que já têm experiência nas áreas culturais em que se centra o programa.