JMJ. Políticos destacam discurso do Papa virado para o futuro
02-08-2023 - 13:18
 • Miguel Marques Ribeiro , André Rodrigues

A primeira mensagem proferida pelo Sumo Pontífice no âmbito da JMJ refletiu também sobre os problemas atuais dos jovens e do mundo.

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Várias personalidades políticas comentaram as palavras proferidas pelo Papa Francisco na manhã desta quarta-feira, no Encontro com as autoridades realizado no Centro Cultural de Belém (CCB) e que marca o dia de arranque da visita de Francisco a Portugal, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Para o líder parlamentar do Partido Socialista, o discurso de Francisco foi um "olhar para o futuro". Eurico Brilhante Dias sublinhou o facto do Papa olhar para o país, como "uma sociedade cosmopolita, aberta, universal e isso para nós é a marca da nossa identidade". O dirigente do PS referiu também o enfoque dado pelo Papa aos "principais problemas do mundo e dos jovens" e a proposta que Francisco fez para "construir um futuro melhor que nos afaste dos populismos".

O presidente do Partido Social-Democrata, Luís Montenegro, considera que o Santo Padre acabou por fazer um "discurso político", pois "tocou em pontos essenciais da agenda política, europeia e global". O líder do maior partido da oposição estabeleceu uma ponte entre a intervenção do Sumo Pontífice e os "grandes desafios que o país enfrenta", nomeadamente "o combate à pobreza, às desigualdades e a construção de uma sociedade mais justa e mais fraterna".

"Calou-me fundo o facto de o Papa estar ciente do desafio da demografia, da natalidade, [da necessidade] de olharmos com olhos de 20, 30, 50 anos para a sociedade que estamos a construir", acrescentou ainda o presidente social-democrata.

Francisco Pinto Balsemão também esteve presente e sublinhou a sapiência evidenciada por Sua Santidade, admitindo que gostou "muito" do que ouviu e que Francisco é "um homem que inspira confiança".

O atual membro do Conselho de Estado deu relevo ao pedido de união deixado pelo Papa no primeiro discurso realizado no âmbito da JMJ: "É preciso enfrentarmos o futuro e os desafios que ele apresenta tão unidos quanto possível", remata o ex-primeiro ministro.