Está fechada a candidatura da Semana Santa de Braga a património de interesse nacional. Mais um passo decisivo para que as solenidades possam vir a ser classificadas como Património Imaterial da Humanidade.
A primeira classificação é “condição imprescindível para que o Ministério dos Negócios Estrangeiros possa a inscrever na lista indicativa da Unesco”, explica o presidente da Comissão das Solenidades da Semana Santa de Braga, Luís Miguel Figueiredo, confiante “nas grandes potencialidades” da candidatura.
O estudo sobre o impacto económico da Semana Santa na região, a ser concluído em parceria com a Universidade do Minho, é um dos próximos passos na preparação da candidatura à Unesco. Um processo, admite o responsável, que não é fácil. “O processo pode demorar anos”, admite o cónego Luís Miguel Figueiredo, mas “não sabemos bem quantos”.
Estas são as expectativas da Comissão das Solenidades da Semana Santa, que integra diferentes instituições bracarenses a que se associa este ano, pela primeira vez, também a Associação Industrial do Minho.
As celebrações decorrem entre 20 e 27 de Março. São rituais que provêm das peregrinações que, a partir do século IV, os cristãos faziam a Jerusalém. Mas será só a partir do século XVI, com a criação das irmandades da Misericórdia e de Santa Cruz, que se vão organizar as procissões da Semana Santa, presididas pelo arcebispo de Braga.